Clarice Assad

Isolda/Tristão

Isolda/Tristão

Opera by Clarice Assad with a libretto by Marcia Zanelatto. Co-production with Aventura Teatros and Leme Produções Artísticas.

The myth of Tristan and Isolde has been told and retold since its emergence in the 11th century. It became a relevant and definitive work of art after the German composer Richard Wagner took it as inspiration in the 19th century to write the libretto for his unforgettable opera: Tristan und Isolde. 

 

In this new version, the myth of the medieval Celtic setting will be shifted to modern times, in a border region where we follow the drama of a group of refugees living in a critical situation: they are not allowed to cross the border and be received in a new country, and they also cannot return to their country of origin. They are in a sort of non-place, where time seems not to pass, waiting for a solution. In this context, the character Isolde takes on the lead role. She arrives at this refugee camp with the goal of rescuing her mother. 

 

But everything changes when Isolde witnesses her mother’s death during the authorities’ reaction to a resistance action by the refugees. In her final moments, the mother gives Isolde the mission to relocate this group of refugees to a safe location, which Isolde will define as the colony where her husband, Marcos, is the leader. Marcos and his nephew Tristão have devised an escape strategy for Isolde. This rescue will face many challenges. 

 

The opera Isolda/Tristão is presented by Volkswagen Financial Services.

MUNICIPAL SYMPHONY ORCHESTRA PAULISTANO CHOIR

Roberto Minczuk, musical direction Guilherme Leme Garcia, stage direction Maíra Ferreira, conductor of Paulistano Choir Mira Andrade, set design Aline Santini, lighting design Rogerio Velloso, art director and video designer João Pimenta, costume design Renata Melo, movement direction Aelson Lima, assistant director. 

 

Soloists:

 

Melina Peixoto, Isolda 

Daniel Umbelino, Tristão 

Savio Sperandio, Marcos 

Luciana Bueno, Mother 

 

 

“Assad costura com virtuosismo uma grande diversidade de técnicas composicionais e usa vozes solistas, orquestra e coro com criatividade e personalidade. A música da cena inicial do espetáculo tem força dramática espetacular e, sozinha, pode ser exemplo do potencial da ópera como linguagem hoje. ”

“ A riqueza na exploração dos timbres, em especial no trabalho que desenvolve com a percussão; a reutilização do tema de Isolda ao longo da narrativa, em um trabalho rico de desenvolvimento dramático; a mistura de culturas tomadas como referência para a escrita; a habilidade tão rara de escrever para vozes, elementos tão bem recriados pela Orquestra Sinfônica Municipal regida por Alessandro Sangiorgi

A compositora respondeu a encomenda do Municipal de São Paulo com uma partitura tonal de fortes efeitos e capricho na escrita vocal. Se a música bebe de influências folclóricas europeias, o português que se canta – nas árias de Marcos, Isolda e Tristão e nos duetos – é cristalino, respeita a prosódia da fala brasileira e não aspira a ser qualquer outro idioma. Os momentos corais têm vigor, força e beleza dramática, desde o início, com o Coro dos Refugiados, que se repetirá ao fim. Há ainda um respeitável coro à capela, que merece entrar no repertório de concerto e que foi graciosamente defendido pelo Coral Paulistano. Musicalmente, a obra revela muita personalidade para essa primeira incursão de Assad no gênero operístico. -O Globo